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Resolvido: Condutividade – faixas de frequência

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Exercício Resolvido: Condutividade Elétrica e Faixas de Frequências

Exercício 1: A água do mar apresenta as seguintes características:

\epsilon = 81 \epsilon_o

\sigma = 4 [S/m]

Determine as faixas de frequências nas quais esse meio comporta-se como condutor, quase condutor e dielétrico.

Condutividade Resolvido 1:

A partir da teoria do condutividade elétrica de um meio material temos as seguintes condições:

Para um meio dielétrico:

\Large{\frac{\sigma}{\omega * \epsilon} \le \frac{1}{100}}

já que \omega = 2 \pi f temos que:

\Large{\frac{\sigma}{2 \pi f \epsilon} \le \frac{1}{100}}

Isolando a frequência f:

\Large{\frac{100* \sigma}{2 \pi \epsilon} \le f}

Substituindo os valores dados no exercício, temos:

\Large{\frac{100. 4}{2 * \pi * 81 * 8,85*10^{-12}} \le f}

88,8 * 10^9  Hz \le f

Ou seja: \boxed{f \ge 88,8  GHz} \to Dielétrico

Para um meio condutor:

\Large{\frac{\sigma}{2 \pi f \epsilon} \ge 100}

Isolando a frequência:

\Large{\frac{\sigma}{2 \pi *100 \epsilon} \ge f}

Substituindo os valores dados no enunciado temos:

\Large{\frac{4}{2 \pi *100*81*8,85*10^{-12}} \ge f}

8,88*10^6 Hz \ge f

\boxed{f\ge 8,88 MHz} \to Condutor

Para um meio semicondutor, a frequência tem que estar entre os valores que classificam o meio como condutor e os valores que classificam o meio como dielétrico. Portanto:

\boxed{8,88  MHz \le f \le 88,8  GHz} 

 

Condutividade Resolvido 2:

Exercício 2: Determine a frequência na qual a corrente de condução tem o mesmo módulo da corrente de deslocamento. Dado meio com permissividade \epsilon e condutividade \sigma

Consideremos um campo elétrico descrito por uma função senoidal do tipo:

(1)      e = E_m*sen(\omega t + \theta)

Vimos na aula Corrente de deslocamento x Corrente de condução que a densidade de corrente de condução é dada por:

(2)       \vec{j} = \sigma*\vec{e}

E que a densidade de corrente de deslocamento é dada por:

(3)       \vec{j_d} = \epsilon * \dfrac{\partial  \vec{e}  }{\partial t}

Juntando as equações (1) com (2), a densidade de corrente de condução fica:

(4)  \boxed{ \vec{j} = \sigma*E_m*sen(\omega t + \theta)}

Juntando as equações (2) e (3) temos o seguinte cálculo:

\vec{j_d} = \epsilon * \dfrac{\partial }{\partial t}(E_m*sen(\omega t + \theta))

A derivada de seno é cosseno e pela regra da cadeia temos a derivada de  \omega t multiplicando todo o elemento.

\vec{j_d} = \epsilon * E_m * (\omega t)' * cos(\omega t + \theta))

e a derivada de \omega .t = \omega   \therefore (5)      \boxed{\vec{j_d} = \epsilon * E_m * \omega * cos(\omega t + \theta))}

Consideremos os valores da densidade de corrente máxima. Portanto temos que cos(\omega .t + \theta) = 1    e    sen(\omega .t + \theta) = 1  , teremos então a partir das relações (4) e (5):

(6)  \vec{j} = \sigma * E_m  \to densidade  de  corrente  de  condução  máximo

 

(7)  \vec{j_d} = \epsilon * E_m * \omega \to  densidade  de  corrente  de  deslocamento  máximo

Tirando a seguinte razão, chegamos ao cálculo da condutividade elétrica de um material:

(8)       \Large{\frac{j}{j_d} = \frac{\sigma .\cancel{E_m}}{\epsilon . \omega. \cancel{E_m} }} = \frac{\sigma}{\omega * \epsilon}

Porém já que j_d = j  então  temos  que  \boxed{\Large{\frac{j}{j_d} = 1}}

Voltando a equação (8), podemos simplificar a razão entre densidades de correntes para 1. Assim:

      1  = \Large{\frac{\sigma}{\omega * \epsilon}}\to 1  = \Large{\frac{\sigma}{2*\pi *f \epsilon} }

conclui-se que:

   \boxed{ f  = \Large{\frac{\sigma}{2 *\pi * \epsilon}}}

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